Deutsche Bank, Banco Todo-o-Terreno

sexta-feira, 13 de março de 2009

Realmente é com inveja que algumas instituições financeiras deverão olhar para o Deutsche Bank, dada a sua polivalência nas mais variadas áreas da economia, da agricultura, da cultura, etc...

Já em 2008 tinha tropeçado num artigo, na altura sobre o mercado dos cereais, quando passava os olhos pelas noticias provenientes do outro lado do Atlântico, concretamente do Brasil. Na época li esta noticia, no sitio da Agência Lusa Brasileira onde o texto começava com a informação de que tinham contactado vários especialistas da área, leia-se agricultura, e onde o Deutsche Bank era referenciado.

Nesse mesmo periodo pude ver replicado num sítio nacional do sector da Agricultura, o Agroportal, o mesmo conteúdo.

Esta semana li, com perplexidade, que a dinâmica continua, desta vez opinam enquanto especialistas, atentem bem, no sector das carnes, nomeadamente sobre o frango. Tal artigo está não só replicado em Portugal, na publicação especializada HiperSuper, mas também pude encontrar esta informação em Espanhol num Instituto tutelado pelo Governo Vizinho, em concreto o ICEX - Instituto Espanhol de Comércio Externo.

Se a estas noticias, incluirmos a sua vertente bancária, financeira, influenciadora de índices bolsistas (cortam e sobem preços alvo de empresas cotadas), e mais recentemente Entidade Oficial nomeada pelo Governo do Engº Sócrates para Avaliar as contas do escândalo BPN, poderemos afirmar que estamos perante um verdadeiro Banco Todo-o-Terreno.

No meio de tão vasto conhecimento sectorial, uma dúvida me assola, como é que conseguem opinar com tão alto grau de conhecimento e não conseguem governar a sua própria casa ao terminarem o ano de 2008 com 3,8 mil milhões de euros de prejuizo nas suas contas.

É caso para dizer que o dinheiro dos outros governo eu bem...

VAMOS CRIAR UM “QUADRO DE ÉTICA GOVERNATIVA”

Segundo noticia hoje o “Jornal Público”, o auditor da Energias de Portugal (EDP) Vítor Franco, demitiu-se por discordar de algumas regras aplicadas na contabilidade da eléctrica em 2008, tendo apresentado a sua demissão do conselho geral e de supervisão (CGS) da EDP e da comissão de auditoria interna, onde exercia funções desde 2006 como membro independente.

O jornal revela que a demissão está relacionada com divergências de fundo quanto o modo como a operadora registou nas contas de 2008 os ganhos de 405 milhões de euros obtidos com a dispersão em bolsa de 25 por cento do capital das EDP Renováveis, em Junho do ano passado, informando Aida que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que é o regulador do mercado está a acompanhar o caso.

Ora duas situações se colocam:

1º - Ou a EDP aplicou correctamente as regras contabilísticas e o assunto termina aqui

2º - Ou aconteceu o contrário e o auditor deixou de receber o seu vencimento na EDP, sendo que esta tem sido a prática corrente para tudo fique na mesma, ou seja não haverá apuramento de quaisquer responsabilidades e afasta-se uma voz incómoda.

Face à situação que vivemos e a comprovarem-se os motivos da demissão deste auditor, este deveria passar a fazer parte de um “QUADRO DE ÉTICA GOVERNATIVA”, o qual deveria ser criado pelo poder público e escrutinado nomeadamente pela opinião pública.

Neste tempo de desconfiança e de falta de ética em que vivemos, nomeadamente no sector financeiro, poderíamos aqui ter uma boa oportunidade para começar a restaurar a confiança da opinião pública.

O Governo, as Empresas públicas ou privadas e demais Instituições, poderiam recorrer a este quadro de PERSONALIDADES e passar a nomeá-los para as suas administrações, dando-lhes o comportamento ético que tantas vezes lhes falta.

Deixaríamos assim de estar dependentes exclusivamente da política partidária, premiando antes todos aqueles que, pela sua actuação profissional e pessoal, foram capazes de demonstrar que só o regresso da ética pode resolver a actual crise financeira e de confiança em que nos encontramos.

Miguel M.



Em Portugal Como Será

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Deutsche Bank acaba de anunciar na Alemanha que teve em 2008 um prejuízo de 3.9 biliões de Euros, pela primeira vez em 50 anos.

Em Portugal a comunicação social tem anunciado:

  1. Queixas sobre irregularidades nas contas reportadas ao Banco de Portugal,
  2. Que a CMVM admite multar o Banco por irregularidades,
  3. A falência dos seus parceiros Promotores face à sua actuação,
  4. Diversos processos já entrados em tribunal, sendo que com toda a probabilidade os mesmos tiveram que ser devidamente provisionados,
  5. Múltiplas queixas de clientes,

Talvez ainda venham a aparecer outras situações relevantes, que complementem as referidas anteriormente.

É pois de prever que a situação em Portugal também seja a mesma ou proporcionalmente ainda pior, vamos só aguardar pela divulgação dos resultados e então sim poderemos ver com toda a certeza um “study case” no seu melhor processo de enganar tudo e todos.

M L